quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Oficina 11 - TP 6






No dia 16/09 realizamos a Oficina 11, estudando o TP 6, sendo esta, como a anterior, apresentada em power point.
Iniciamos a reflexão desse dia com o texto:


Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre

Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoa de uma mesmice e uma dureza assombrosa.
Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.
Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro: pânico, medo , ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas as causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!
Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela nã pode imaginar um destino diferente para si.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!
E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho da pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.

Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva.
Não vão dar alegria pra ninguém.

RUBEM ALVES - "O amor que acende a lua")


Esse texto foi utilizado como um meio de rever nossas posições, "passar pelo fogo" da transformação, da inovação da revisão de conceitos a na tomada de decisões para que realmente haja mudança.
Passamos à socialização das atividades realizadas através do Avançando na Prática, do TP 5. Os professores têm realizado várias reescrituras de produções feitas em sala de aula. Porém, relatam que, de forma geral, os alunos escrevem pouco (quantidade de linhas), têm muita dificuldade em desenvolver suas produções e de, posteriormente, reescrevê-las; há muitos erros de coerência e coesão; e que realmente os preocupa, é que todos esses problemas estão intimamente ligados à falta de leitura, de visão ampla sobre os mais diversos assuntos.
Portanto, é sabido por todos os professores, e uma luta constante para cada um, conquistar leitores, encantá-los pelo mundo das lestras.
Muitas vezes, não importa qual é o estilo de literatura que o adolescente gosta, e sim, que esta é uma maneira de despertar o gosto pela leitura; pois, possivelmente, no futuro seu gosto se aprimorará.
Uma das atividades planejadas pelo grupo e aplicadas em sala, foi a leitura de diversos livros, inclusive os clássicos da literatura, e a contação em partes, muitas vezes sem o final da história, para seus colegas... o que despertou interesse pelas obras.
Também relataram e trouxeram algumas produções realizada sobre o TP 5: Tipos de estilo; o que gerou muita satisfação nos alunos, pois estes, além de estarem produzindo, divertiram-se com as personagens escolhidas (particularmente adorei o estilo "Rosa Chiclete!!!").
No estudo do Tp 6, trabalhamos o artigo "Gêneros: como usar", da Revista Nova Escola/Agosto de 2009, o qual vem de encontro aos nossos estudos sobre argumentação e produção dentro dos diversos gêneros literários.
Como uma forma de despertar o interesse de nossas classes, além do Avançando na Prática sobre gírias, p. 141, selecionamos dois filmes: "Escritores da Liberdade" e "Coração de Tinta"; reproduzimo-os e os levaremos para sala de aula, aproveitando assim, para trabalhar a argumentação escrita de qual deles o aluno mais gostou e porque, além de outras produções sobre os filmes.
Encerramos essa oficina de forma bem divertida, com o vídeo: O Sequestrador (o qual refere-se ao pleonasmo).

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